sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sereia potiguar



Bunita! Lindos cabelos negros ao vento. A beleza ímpar potiguar passa como brisa, por vezes aterrisa como tufão, suave veneno que deixa tudo mais colorido, mais claro, mais dinâmico. Amarelo, rosa choque, laranja, azulão, verde-limão; és tu, bonita, faceira, sorriso-safado, ousadia, frenética, que brilha feito estrela, trazendo o sol da manhã entre quatro paredes sem luz, com vidros e câmeras que imitam um simulacro de reality show.
Sereia, que seria da vida sem teus cabelos, quase sempre presos, mas que os poucos que viram, se encataram, assim como testemunham os pescadores que ouviram o canto de Iaiá das produndezas do mar?
A resposta está sempre na ponta da língua. Aliás, no rosto estão todas as respostas dessa moça que mais parece um dicionário de comunicação gestual. Quem convive algumas horas, já sabe que os olhos da bela morena dizem tudo, auxiliados pelos movimentos nasais, que dão o tom do discurso que não permanece por muito tempo engasgado naquela garganta.
Mas a Sereia sabe usar os mesmos gestos para enredar seus amores e admiradores, encantar seus 'súditos', persuadir suas fontes. E olha que nem precisa ser vítima do seu canto nem presenciar os tais cabelos ao vento. Basta sentir o acalanto e tudo parece suavizar.
Ei, bunita potiguar! Em qual degrau da escada acima dessa vida marota poderemos nos encontrar?

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