Como jornalista, já vi de tudo. Como estudiosa e
pesquisadora, já assisti um pouco de cada corrente. Como professora, aprendo
todos os dias com manifestações positivas e negativas.
Esta semana um texto me entristeceu, não por ser contrário
às minhas opções religiosas e filosóficas, mas por ser baseado na intolerância
e no preconceito.
A aluna em questão está no fim do Curso de Comunicação
Social e me apresentou um paper que, além de repleto de ‘achismos’, tinha como
única verdade de idéias os seus pensamentos restritos acerca do mundo, muitas
vezes respaldados por falsos sacerdotes que incitam o conflito e a
intransigência. Digo falsos sacerdotes porque não acredito que um homem que
represente a pureza de um ser supremo possa extrair da perfeição dos escritos –
sejam eles católicos, protestantes, judaicos, islâmicos, hindus, budistas,
kardecistas ou afro-brasileiros – teorias que discriminem, punam, releguem e
condenem.
O certo é que nos bancos acadêmicos o que pauta e norteia o
aprendizado são a ciência, a pesquisa e as teorias já sacramentadas.
Estou numa dúvida cruel entre abandonar um compromisso
assumido com a instituição e com uma aluna em favor de minhas próprias
convicções, sendo de certa forma omissa no meu papel de educadora; ou continuar
o trabalho mais uma vez tendo esperanças nas mudanças que podem ser
conquistadas pelo poder do argumento.
Opto pelo meu lado ‘autêntico a qualquer preço’ ou pela
minha habilidade persuasiva???