quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O artista das lentes



    Macaé é mais colorida (e mais real) porque uma lente está sempre atenta, desde as manhãs quentes do verão, até as madrugadas chuvosas da Serra. O artista cinquentenário é o documento vivo, às vezes em escalas de cinza, às vezes com matizes ímpares, que levam a beleza da cidade aos quatro cantos do mundo.

    Reconhecimento, teve pouco; lucro com sua arte, quase nada. Gratidão da cidade, essa sim! Se a bicentenária, e agora 'rainha do petróleo', falasse, certamente abraçaria Wanderley Gil com toda força, beijaria sua face e o quereria com amigo diário de conversas, daquela forma que somente os companheiros de toda uma vida sabem desfrutar de um silêncio, de uma paisagem, de um acontecimento...

    A memória viva de Macaé passeia todos os dias pelas ruas da cidade, solitário, distribuindo sorrisos e acenos. O ouvido largo escuta com atenção; nem sempre responde, mas certamente sempre tem opinião. De tudo um pouco suas lentes já testemunharam e é certo que tudo que Macaé possa fazer em sua homenagem será pouco diante de tanta dedicação.

    Gil, obrigada por me dar a oportunidade de diariamente escrever para a sua arte. Neste caso, quem se adapta ao teu prisma sou eu, humilde prática das letras e das informações, que tenta se aproximar da tua sabedoria ocular.

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