terça-feira, 9 de março de 2010

Carecemos de bom senso - parte 2

Terça-feira. 18h30. Novamente ônibus lotado e dessa vez mais ainda porque a linha anterior 'falhou' e todos os passageiros dela tiveram que pegar o 'meu' ônibus... No ponto do Instituto Estadual, entra um rapaz, estilo 'mano', com aqueles malditos celulares sem fone de ouvido, nos obrigando a 'compartilhar' do seu gosto duvidoso. Primeira pergunta que me vem à mente: Que leva um cidadão desses achar que outras pessoas são obrigadas a ouvir suas músicas e, o pior, a gostar? Segunda pergunta: Que espécie de rebeldia medíocre está se movimentando na juventude de hoje?

Enfim, em alguns minutos a moça que estava ao meu lado pediu educadamente que ele ou abaixasse o volume ou colocasse um fone. Ele disse que não faria. Ela então perguntou se ele julgava que todos deveriam ouvir a música dele. Ele respondeu apenas que estava a fim de ouvir. Então ela agradeceu a educação dele e lembrou-lhe que aquilo era um coletivo. A resposta...

- Vá lavar calcinhas!
- Vá lavar cuecas, você, seu mal educado! Pedi com educação mas vi que não adianta!  - respondeu a moça indignada, assim como os demais ao lado, inclusive eu.

Eu disse a ela que nem perdesse seu tempo porque se esses garotos tivessem o mínimo de educação, não entrariam num local público, ainda mais fechado, ouvindo aquilo naquela altura. Brincamos depois, miradas pelas caretas do rapaz, que seria maravilhoso que esses adolescentes nos 'obrigassem' a ouvir Chico Buarque, Maria Bethânia ou mesmo os bons e velhos roqueiros nacionais e internacionais. Mas não, são sempre melodias agressivas, com letras repletas de erros.

Mas o que os episódios têm em comum? A absoluta falta de bom senso de que o mundo vem carecendo cada vez mais. Fiz questão de contar os dois casos por terem acontecido em dias seguidos e por pessoas representantes de classes e/ou nichos discrepantes.

E ainda me pergunto o porquê da minha teoria ser tão real...

Um comentário:

  1. Vivemos hoje o aquecimento de uma sociedade que confundiu tolerância e liberdade de estilo e crenças com má educação. Houve um tempo em que as pessoas se sentiam resignadas ao direito coletivo, e as transgressões eram por causas maiores, políticas ou privadas... mas superiores!

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