Em A Insustentável Leveza do Ser (Milan Kundera), Tomas dizia para si mesmo que fazer sexo com uma mulher e dormir com ela são duas paixões não apenas diferentes, mas quase contraditórias. É verdade que o amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor, porque esse desejo se aplica a uma multidão...
Mas o gesto de permanecer ao lado da mulher por um noite inteira, entregar seu sono e sua fragilidade é uma atitude, sim, de leveza. E pode até ser que essa leveza se torne insustentável com o passar do tempo, assim como revela o livro. Porém, ainda creio que a vivacidade e a mobilidade da inteligência escapam à condenação, assim como certos sentimentos são imperativos...
Gostei muito. Fora todas as teorias mirabolantes, no fim é isso o que importa!
"A eternidade é o estado das coisas neste momento" (CL)